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Origem

A história

Nota prévia: este texto não é acerca de religiões, é acerca de espaços sagrados.

Uma imensa Saudade de me deixar desaparecer em espaços Sagrados.

Na minha educação a religião esteve muito presente. Desde muito criança muito envolvido, com fé e educação religiosa formal, com crenças, rituais e celebrações, em devoção e no honrar algo maior, algo em que acreditar bem dentro de mim, para além do visível.
A disciplina, regularidade, lugares e tempo lento onde o divino pode manifestar-se e relembrar-me da gratidão à minha existência.

Estive zangado com essa minha religião. Por anos sentia essa raiva, culpava o que achava injusto e o que não queria que acontecesse neste mundo. Visitei outras religiões e experimentei-me também nesses lugares. Essa minha zanga também foi passando, bendição que vem da experiência que a idade traz a cada momento, com a aceitação em mim de que é o homem que faz coisas que me custam horrores, de que o homem é capaz de tudo e por isso posso eu próprio fazer diferente, escolher diferente, manifestar diferente nesta mesma existência e de acordo com a minha total responsabilidade.

Fui encontrando diversos outros espaços sagrados também fora de igrejas e em visitas a inúmeros templos, muitos deles construídos por humanos, e também de outros que encontrei na natureza, como cascatas que surgem depois de uma floresta, de um pôr do sol numa praia deserta silenciosa, um nascer do sol no topo de uma montanha e olhares perdidos no mundo infindável das estrelas, uma meditação constante quer na prática de lavar a loiça, no sitting matinal, no mantra, no rezar, na canção que eleva o espírito e acalenta a alma, o que acalma o coração e me faz sorrir sem que eu me aperceba.

Essa grande sensação de divino remanesce forte dentro de mim. Uma presença avassaladora que enche o meu espaço interior em rendição a que “faço parte de algo maior”.

Ao longo da minha vida fui perdendo a minha prática regular. A acção de visitar Espaços sagrados com cadência e reverência plenas. Uma disciplina, a vida de treino como acção regular de conexão, a que me traz a ligação a esse algo que vai bem para além de mim próprio. Espaços físicos, onde me sinta bem e em aceitação, sem ligação a religião, ligado a algo maior e em ambientes seguros onde uma sensação do divino, de um deus universal que conecte tudo e todos sem exclusão e onde essas energias divinas possam sussurar o que precisa de ser ouvido, o que precisa de ser visto em cada um de nós.

Quando me refiro ao Incarnate como um espaço sagrado, é isso que pretendo recuperar em mim.

Abrir semanalmente um espaço onde essa ligação a algo maior seja convidada a chegar e a permanecer.

Através do acolhimento à chegada, da partilha de como chego. Através da escuta silenciosa e do espaço que vai de mim à outra pessoa, de mim ao meu próprio coração e ao que estou a sentir.

A partir da Dança semanal, de escutar as músicas, de deixar o corpo entregar-se aos impulsos que lhe chegam pelos sons, harmonias, compassos e tons, cores, luzes e contacto com o chão com pé descalço, com mãos e braços que rebolam no ar e no chão conforme a espontanea criação assim convide, essa informação orgãnica que vem das células que reservam a memória ancestral de Ser.
De celebrar a vida e a morte, de permitir que a cabeça se arrume no todo, perto dos outros pedaços do corpo.

No fim, uma partilha Humana. Em qualquer formato, com ou sem sons.

Isto tudo sem álcool, sem drogas, estimulantes ou calmantes, toques apenas em permissão e com limites claros do que é ou não ok para que o espaço seja seguro e fluido.

Encontros com regularidade semanal ou quinzenal.

Planeamento para 2025:

• 2, 23 e 30 de Outubro às 10h da manhã
• 14 e 21 de Outubro às 15h da tarde

• 13 e 27 Novembro às 10h da manhã
• 4 e 18 de Novembro às 15h da tarde

Dezembro (datas condicionadas às ocasiões festivas)
• 11 e 25 às 10h da manhã
• 16 e 30 Dezembro às 15h da tarde

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Originado pela Alma, alicerçado nos Corpos, enamorado dentro do Coração.
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